sexta-feira, março 16, 2007

Se eu fizesse pedagogia
Essa semana eu fui dar uma ajuda ao trabalho de conclusão de curso da patroa. Durante quase 5 horas, ela e mais quatro estudantes, inclusive o meu amigo, o desenrolado Malthus, o elementos, delinearam algum processo de aprendizado a platéia(composta por vários professores e um monte de alunos). A maior parte do tempo eu fiquei lendo alguma coisa, mas foi bem legal e animado, com atividades em grupo e até dinâmicas para quebrar o gelo e acabar com a vergonha (eu quero minhas fantasias de carnaval de volta).
Eu, junto com outro namorado de uma das meninas do grupo, estava dando uma ajuda ao grupo, a começar que chegamos lá de 6:30 da manha e ainda não ganhamos nenhuma macarronada de agradecimento. Ah, o seminário de TCC era de Letras.
De qualquer forma, conversando depois com o Gustavo(o outro namorado) me veio a idéia de que se eu fizesse letras ou pedagogia, me inseriria em uma pesquisa para melhorar e desenvolver processos para E-Learning. Falei com vários amigos estudantes de educação e ninguém tem uma idéia como essa. O pior, é que parte deles abomina. Eu sempre vou em um congresso anual que acontece em Pernambuco que aborda a Tecnologia na educação e já vai para sua 5º edição. As pessoas com quem troco uma idéia nesse congresso tem uma resistência à tecnologia enorme.
A verdade é que vários desses professores, de escolas da prefeitura e do estado, não podem ser demitidos, estão conformados e não se preocupam em se capacitar, mesmo a prefeitura oferecendo vários cursos, gratuitos (gratuitos não, do nosso bolso). Uma professora chegou a me dizer que não teria o salário alterado e muito menos seria demitida se não fizesse as capacitações oferecidas e que não iria perder a “sua” novela das oito para ficar estudando. Ai meu deus!
Vou omitir aqui minha opinião sobre a estabilidade do funcionalismo publico, mas não posso deixar de observar que o estado tem que ser a empresa mais eficiente que existe, porque dele depende o futuro da nação e que, estabilidade, salvo alguns casos não ajuda em nada nesse percurso.
Enfim, você que é estudante de pedagogia, letras ou alguma licenciatura dessa, poderia pesquisar ou fazer um tcc nas deficiências e possibilidades do E-Learning.

Leia o especial
O ensino a distância na visão de quem já experimentou

E veja alguns filões
Programa de ensino a distância do MEC terá 60 mil vagas em 2007

4 comentários:

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número e grau. Realmente, há um pensamento - e eu diria que não só na pedagogia, mas em várias esferas profissionais - de que o limite da realização profissional é a estabilidade pública. Não questiono a estabilidade financeira, mas a falta de vontade de buscar mais é o que f. tudo. Quanto ao e-learning, acho que já tivemos uma conversa sobre isso, lembra, lá no escritório, eu, tu e André? Bom, acho que a gente precisa inclusive falar mais a respeito disso.

Valeu, ficou duca esse post.
abraço

Unknown disse...

Hum...esse escritorio é o mesmo no qual eu trabalho?

Unknown disse...

Não concordo com a parte das capacitações.
É bom lemrar q todos os professores da Rede Municipal de Ensino recebem capacitação obrigatória a cada dois meses.
Quanto a capacitação por iniciativa própria,não se pode esquecer também q , para q um proficional se capacite é necessario tempo e dinheiro, ou seja, valorizaçao de seu trabalho perante o poder público.
Fica dificil, quando um profissional de educaçao só possui 10% de seu salário destinado a pesquisa e precisa dar 15 aulas por dia, ou seja,três turnos no ar; para ganhar pelo menos $ 1.000 Reais na melhor das hipóteses.
O problema se torna muito simples quando toda a responsabilidade do fracasso recai sobre o profissional.Hoje os noticiários de tv falaram sobre o grande feito do governo com o novo fundo de desenvolvimento para a educação básica q até então não existia.O dinheiro será aplicado de diversas maneiras:infra-estrutura,exames de avaliação para os alunos, livros e etc; mas em nenhum momento se fala na valorização do professor para a reconstrução de sua dignidade; o que aí sim,poderia levar o mesmo a achar q ainda vale a pena buscar novos conhecimentos.

Antonio Aureliano disse...

oi lindinha!
Que bom ver vc comentando no blog.

Capacitações obrigatorias são a prova de que o pessoal nao esta nem ai para melhorar, e tudo que é obrigatorio tem sua eficiencia contestada

Se a capacitação é obrigatoria, entao agente chega a conclusão de que a turma nao ta nem ai, independente de salario ou nao, que é baixo e precisa aumentar, alem da infra estrutura escolar, é claro

outra coisa a levar em conta é que, para mim, essas capacitações obrigatorias sao altamente lendarias e que é que nem aula na sexta feira a noite, depois da ata a turma some

a bem da verdade, eu prefiro conversar isso com vc na nossa tradiconal cerva de sabado

Nas sextas eu tenho reuniao marcada no escritorio. bjos

Malthus, entro em contato para dar procedimento as pendencias. Abraços e obrigado pela audiencia