Um caso famoso de como a contra-informação pode envolver e confundir as mais altas esperas governamentais, foi um jogo virtual de nome Zona Incerta. Patrocinado pelo Guaraná Antarctica, em parceria com a Editora Abril, acabou confundindo a Agência Amazônia e em cascata o mane radical do Arthur Virgílio (senador do PSDB-AM) e uma deputada comunista do Acre com nome de vilã de Tieta do Agreste , Perpétua Almeida, a reclamarem na tribuna sobre a soberania na Amazônia.
Isso ai foi em Março desse ano, mas é sempre legal lascar político metido a entender de tudo, como foi visto na crise da aviação, onde todos eram especialistas em infra-estrutura aeronáutica, enquanto pegavam carona nos capengas aviões da FAB que mal voam por falta de combustível e manutenção.
Eles não conheciam o conceito ARG ('alternate reality games'), um tipo de jogo – marketing que convida os consumidores da marca a desvendarem um mistério. Nesse caso a ação girava em torno da fórmula secreta do Guaraná Antarctica. Guaraná, Amazônia, extração... Sacou?
Enfim, a narrativa tinha como eixo uma misteriosa hitória envolvendo o biólogo Miro Bittencourt, que teria descoberto segredos da fabrica do guaraná. A empresa fictícia Arkhos é a corporação vilã que quer a Amazonia sobre controle privado. Algo parecido com o que a Umbrella Corporation representa no jogo/filme Resident Evil.
A parte mui divertida da historia: Sem saber de que se tratava de uma empresa fictícia, o líder do PSDB usou a tribuna do Senado ontem para protestar contra a Arkhos Biotech, "uma das maiores fabricantes do mundo de ativos vegetais para a indústria cosmética e farmacêutica". Hahaha
Noticia velha essa, quase um ano. Mas é um prova de como a confusão no gigantesco numero de informações que nos temos disponíveis na rede e como ela pode ser usada em beneficio próprio ou prejuízo alheio. As mídias reproduzem o conteúdo sem checar a veracidade de suas fontes, como fez a Agencia Amazônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário