quinta-feira, outubro 18, 2007

De leitoras de impressão digital a canhões


Como projeto de conclu
são do curso de computação, eu minha equipe programamos um sistema de levantamento e cadastro de fichas criminais remoto. Feito em J2ME, ele seria usado pelas viaturas policiais a fim de incentivar um banco de dados criminal nacional e economizar recursos do estado (pessoal, viaturas, combustível, etc.).

Tudo isso usando um Palm Tungsten E conectado a rede GPRS da TIM, via um celu
lar Siemens CX65. Eles estavam ligados por infravermelho a uma central com Windows 2000 e um banco de dados SQL. Um dos recursos do software era a identificação do individuo pela impressão digital.

Claro que esse sistema sozinho
não daria certo. Seria preciso um sistema de telemetria em cada uma das viaturas para monitorar a sua guanição e registrando esses dados paralelamente. O fato que um sistema desses esbarra em muitos interesses. Afinal de contas, é no caminho para a delegacia que os acordos são feitos e os meliantes liberados...

Mas voltando ao que interessa.
Como conseguir uma leitora de impressão digital?

Isso ai era 2003 ou 2004... Leitores de digitais eram difíceis de achar e caros para dedéu. Como os membros do grupo e
ram safos e desenrolados, conseguimos emprestada uma leitora da Policia Federal, com todos os termos de responsabilidade e colocando nos créditos da apresetação o agradecimento. A leitora era bem grande, acho que do tamanho de um monitor CRT de nove polegadas. Ela ficava ligada por um cabo serial a um adaptador USB e esse era plugado no PDA. Na época o preço da leitora era de uns R$ 8 mil

Pulando para 2007. Passeando um dia desses na Livraria Saraiva, vejo um leitor eltronico de digitais muito menor que o que nos utilizamos e com um preço infimo, se comparado: R$ 145.


Bom, sem querer me alongar muito, é claro que a tecnologia foi compartilhada, seja por pesquisas ou engenheiros
que mudaram de lado e ainda aquisições, mas o fato é que o preço e o tamanho diminuíram. Bom para o consumidor e melhor ainda como prova que tecnologia é uma coisa rentável por curtíssimo período de tempo... Você sempre tem que lançar produtos novos e caros de inicio para retirar o preço de suas pesquisas planejando o lucro em cima de um publico voraz por novas tecnologias.

Um ritmo desses é para poucas empresas... Por exemplo: percebendo a pouca rentabilidade de manter uma divisão celular, a Siemens vendeu essa area de atuação
(e isso em 2005) passando a se concentrar em serviços um pouco equilibrados, como chips GPS, de olho na determinação do Contran, que obriga veículos de serie a virem com GPS (Isso aqui vai merecer outro post, pois os interessados são muitos e poderosos. Ex: bancos que financiam o veiculo e mandam pega-lo de volta caso o pagamento atrase).

As empresas mudam seus negócios com o tempo é claro. Para mim o exemplo mais claro fica quando eu
vou visitar o meu primo seu doto Joseh e vejo a marca do elevador do prédio onde ele mora: ThyssenKrupp. Po! Os negócios são diversificados, caras, mas Krupp era a marca do canhão usado pelo EB em Canudos . Muitas outras empresas tem historia parecidas, mas essa eu acho legal.

Finalmente chegando ao que eu queria, um livro que tra
ta muito bem desse assunto é o Sociedade em Rede, de um cara chamado MANUEL CASTELLS, que eu já citei por aqui antes, fazendo parte de uma trilogia muito legal.

Leia mais
Mobilidade

A Historia da Krupp AG

Dermatoglifia

O ultimo argumento dos reis





A “poderosa” e os seus Krupp em ação na Guerra de Canudos

Um comentário:

Paulinielle disse...

Muito bom o conteúdo histórico Tom.
Parabéns.