quinta-feira, outubro 25, 2007

“Eu to mesmo morto caaaarraaaaa?”


Meu personagem favorito
no clássico Neuromancer é o Linha-Plana (The Dixie Flatline, na versão em inglês), um famoso hacker chamado McCoy Pauley. No Livro, ele morreu enquanto tentava quebrar o acesso a um mainframe de uma IA. Antes de sua morte, a Sense/Net (espécie de emissora de TV onde o telespectador tem sensações do personagem) salvou a sua consciência e o conteúdo de sua mente em uma memória apenas de leitura (ROM). Em outras palavras: o corpo físico do personagem morreu, mas a sua consciência estava viva no mundo virtual (algo parecido com nossa internet) e a peça que o abriga é roubada (em uma das melhores passagens do livro) para que os protagonistas possam atingir o seu objetivo principal.
Isso não esta tão longe da realidade. Existem operando hoje, nas organizações, cada vez mais sistemas com inteligência artificial. Sendo que ficam mais espertos a cada dia(isso é quase um pleonasmo nesse contexto). Conversei um dia desses a respeito e me lembro de um caso na General Eletrics, divisão de locomotivas, nos EUA. Lá havia um engenheiro bem velhinho, que viajava o mundo consertando os velhos trens. Não existia ninguém que fizesse o que ele fazia (reza a lenda que ele conseguia determinar o defeito cheirando-a e escutando o barulho das maquinas). O pobre senhor já havia adiado a aposentadoria três vezes. Os caras da GE, desesperados, projetaram um sistema baseado em IA, com todo o conhecimento do cidadão inserido e as suas respostas para cada uma de varias situações. Hoje eles usam bem esse sistema, quebrando vários galhos e aprendendo com novos problemas. O software não chega nem aos pés da eficiência do personagem Linha Plana e provavelmente fica devendo quando comparado ao velhinho, mas é de verdade e não vai se aposentar tão cedo.
Existe muita pesquisa na área de sistemas inteligentes. Os campos de atuação são enormes: Reconhecimento de padrões (bolsa de valores, engenharia de trafego), Sistemas especialistas (o caso do bom velhinho acima), sistemas educacionais (a resposta à pesquisa que eu preciso) e Games(área de forte interesse, já que a IA permite o que os jogares mais querem: desafios) Nesse ultimo o meu bom e velho a amigo Gabriel, o gringo, hoje na Finlândia (PQP...) sempre gostou de atuar e escreveu sua monografia. Outro ex-professor desenvolveu uma pesquisa de um sistemas para previsão de chuvas através da analise de histórica de índices pluviométricos. Tudo funcionando em redes neurais.


Leia mais
Gabriel I(Inteligência Artificial)

Neuromancer(em inglês)

Um comentário:

Paulinielle disse...

A expressão dos pensamentos e ploriferação do conhecimento através do seu blog são muito claros e lógicos para os amigos que observam.
Redes neurais ficou muito bom.