A informação que vem do centro: Revisando e linkando
O Facebook é policiado por algoritimos, que seguem regras de utilização que ninguém tem acesso, além dos desenvolvedores. Essas regras definem o tipo e freqüência das discretas inserções publicitárias geradas, em um primeiro momento das informações que nos preenchemos. Os formulários nos fazem encontrar nossos contatos e seguir o que há de novo em suas vidas, através de fotos, vídeos e outras publicações, achando graça, nos indignando e as discutindo. Os jogos e quizes garantem muita diversão, entre amigos ou desconhecidos, que podem se tornar amigos.
Mapas das Redes Sociais em Agosto de de 2010 Versão Senhor dos Anéis |
No quesito de segurança, outro show. Geo-localização fora do normal e um interrogatório com utilização de fotos é feito afim de provar a nossa identidade.
Existe um correio próprio, simples e que procura evitar spams, contando com a denuncia dos próprios usuários, que relatar as mensagens ofensivas e o site pune e suspende a conta dos suspeitos.
Brecha explorada por todo tipo de ativistas que apelam e organizam por esse método a desconexão de seus adversários políticos e ideológicos. As últimas eleições foram prova total disso. Quem não publicou alguma manifestação em seu perfil e teve um comentário invasivo vindo de um contato em sua página?
Mapa das redes sociais na internet - Dezembro 2010 |
Isso também confirma a utilização plena da geo-localização e o mapeamento dos nossos roteiros e a freqüência às quais os percorremos. E dane-se a privacidade. Os organismos de defesa da vida privada se vêm superados e afogados pelo crescimento exponencial das tecnologias.
Foto representa as conexões entre os usuário do Facebook. Fonte: http://t.co/V7m0PjQ |
Outro ponto interessante é que o Facebook é o espelho mágico de nossa época, egoísta e publicitária.
Quanto mais projeção eletrônica de nosso ser reflete a verdade ou desejo, mais nos deixamos embriagar pelo seu reflexo.
É esse um dos aspectos que fazem as pessoas virem para o Facebook. Mas não é o mais lucrativo.
250 milhões de pessoas acessam o Facebook por dispositivos móveis |
E mais e mais ferramentas são adicionadas. A maioria delas passa como inovações triviais. O botão “curtir” pode ser compartilhado em outros sites (que hoje somam um milhão), permite que os engenheiros da empresa monitorem as visitas de 150 milhões de pessoas todos os meses a outras páginas.
Google Buzz começa a emergir |
A identificação é discussão atual.
O Facebook pode traçar todos os nossos hábitos na web. Quando cruzamos esses dados com outros, temos toda a nossa vida traçada. Home Bankings gravam os nossos acessos e a nossa localização quando fazemos a nossas transações pela internet.
O Facebook e o Google (os dois maiores pontos de controle da rede civil) têm a capacidade de reter esses dados. Ambos suportaram pressões de governos (legais e ilegais, como no caso da China - Google) para liberação dos registros.
Em Maio de 2010, A Time Magazine dedicou sua capa a problemas de privacidade no |
Em Novembro de 2010, o Wall Strett Jornal, publicou matéria onde revelou que os operadores de jogos do facebook guardaram dados dos usuários. Problema resolvido com tolerância zero.
A verdade é que internet sempre foi vista como uma zona de não direitos pelos dirigentes globais. E em mundo de terroristas e contra-terroristas como o nosso, ser totalmente anônimo é perigoso.
Os governos vão terminar exigindo toda a informação. Sejamos francos, a Receita Federal, já tem os dados do seu cartão de credito e debito, além da movimentação bancaria. Dados do que fazemos na web são o próximo passo nos arquivos governamentais pois eles já estão em instituições privadas. Os arquitetos da informação mais poderosos trabalham para isso.
Vai chegar o dia, que o preço de participar da rede com plenos direitos, é dar a revelar (e concordar) a nossa real indentidade.
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